Os juros futuros encerraram perto dos ajustes anteriores a sessão regular da BM&FBovespa, com viés de baixa nos vencimentos longos. O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2018 (202.305 contratos) fechou com taxa de 10,010%, de 10,005% no ajuste de ontem. A taxa do DI janeiro de 2019 (117.735 contratos) fechou estável em 9,54%. A taxa do DI janeiro de 2021 (125.985 contratos) caiu de 9,99% para 9,97%. O DI janeiro de 2023 (55.250 contratos) fechou em 10,23%, de 10,25%.

Numa sexta-feira de agenda doméstica fraca, todos os principais contratos oscilavam próximos da estabilidade até o começo da tarde, mas durante a jornada vespertina houve um pequeno alívio na ponta longa a partir da aceleração da queda do dólar ante divisas de economias emergentes e também do recuo maior do rendimento dos Treasuries.

Ante o real, a moeda renovou mínimas no meio da tarde, negociada novamente abaixo da marca de R$ 3,10. No exterior, o yield da T-note de dez anos chegou a furar novamente o patamar dos 2,50%. “Como estamos sem grandes novidades, quando o cenário externo melhora, a gente acompanha”, disse o estrategista de renda fixa da Coinvalores, Paulo Nepomuceno.

Já a Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, que descobriu um superesquema de pagamento de propinas a fiscais do Ministério da Agricultura por parte de grandes produtores de carne e frango, não chegou a fazer preço no segmento de renda fixa. O delegado da PF, Maurício Moscardi Grillo, disse que parte da propina arrecadada era destinada a partidos políticos, citando especificamente o PMDB e o PP.

Com a sessão regular já encerrada, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que participa das reuniões do G-20, iniciou entrevista coletiva, exaltando os avanços da economia e a necessidade de aprovação da reforma da Previdência. “O Brasil volta a crescer e está fazendo isso de forma robusta. A taxa de crescimento anualizada no fim do ano será em torno de 3%”, afirmou. Disse ainda que não há definição sobre aumento de impostos e que será feito o que for necessário para cumprir a meta fiscal, que neste ano limita o déficit público a R$ 139 bilhões.

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