SÃO PAULO, 25 ABR (ANSA) – O tempo nos gramados do goleiro Bruno Fernandes, que foi condenado pela morte de Eliza Samudio, terminou mais uma vez. Nesta terça-feira, dia 25, o Supremo Tribunal Federal (STF) revogou a liminar de “habeas corpus” que havia sido concedida pelo ministro Marco Aurélio Mello e determinou que o jogador deve voltar à prisão imediatamente. Por 3 votos a 1, a decisão foi tomada depois que o Procurador da República, Rodrigo Janot, fez um pedido para o retorno de Bruno à cadeia, onde ele estava cumprindo uma pena de 22 anos e três meses por ser o mandante do cruel assassinato da modelo. Janot havia avaliado um parecer de que o atleta deveria ser mantido preso enquanto o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) não tivesse terminado de julgar o recurso, que já tramita há quatro anos. Para o Procurador, a demora no julgamento da sentença de Bruno é uma consequência da estratégia da defesa do goleiro, que quer alongar o processo apresentando vários recursos. No fim de fevereiro, o ministro Marco Aurélio Mello, responsável pelo caso na ocasião, concedeu um “habeas corpus” a Bruno para que respondesse seu processo em liberdade. O goleiro do Boa Esporte de Varginha, no sul de Minas Gerais, estava cumprindo prisão preventiva desde 2010. Por sua vez, o processo foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, sucessor de Teori Zavascki, morto em janeiro deste ano, e coube a ele decidir se a liminar ser=ria mantida ou não. Na última quarta-feira (19), o TJ-MG manteve a absolvição de Bruno pelo crime de corrupção de menor. O processo se refere à participação do primo do jogador, Jorge Luiz Rosa, à época com 17 anos, que confessou ter ajudado a sequestrar Eliza Samudio e a mantido em cárcere privado. Bruno, que já atuou nos clubes Atlético Mineiro e Flamengo é acusado de envolvimento no assassinato da ex-modelo, ocorrido em 2010. O corpo de Eliza nunca foi encontrado. Ela tinha 25 anos e era mãe de seu filho recém-nascido. No entanto, a paternidade nunca foi reconhecida pelo jogador. Em 8 de março de 2013, o goleiro foi condenado a 22 anos e 3 meses de prisão, em regime fechado, por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Preso há quase sete anos, Bruno também responde processo por sequestro e cárcere privado de seu próprio filho. (ANSA)


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