A campanha de vacinação contra a gripe foi encerrada nesta sexta-feira, 9, com o registro de 62 mortes pela doença, desde o início do ano, no Estado de São Paulo. Os casos classificados como de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) chegaram a 367, conforme levantamento da Secretaria da Saúde do Estado. Desse total, 245 casos e 36 óbitos – quase 60% – foram relacionados ao vírus A (H3N2), o de maior circulação este ano no Estado.

A doença se manifestou em 97 municípios, incluindo a capital, e em mais de 60% dos casos e óbitos, as pacientes são mulheres. A faixa etária com maior incidência foi acima dos 60 anos, com mais de 40% dos casos. Somente em Taubaté foram registrados dez óbitos este ano, sendo cinco por H3N2 e cinco por influenza B. Houve ainda 40 casos confirmados de pacientes com o vírus.

Em Indaiatuba, a prefeitura confirmou na quinta-feira, 8, a morte de quatro pessoas pela gripe H3N2 – todos os óbitos aconteceram do início de março a 25 de maio. Uma das vítimas, uma mulher de 27 anos, tinha diabetes, enquanto os demais óbitos atingiram pacientes idosos.

A Secretaria da Saúde informou que até esta sexta tinham sido aplicadas 10 milhões de doses de vacina no Estado, em pessoas incluídas nos grupos prioritários e específicos para a campanha deste ano. A Secretaria solicitou 31 milhões de doses extras ao Ministério da Saúde, mas esse volume não estava garantido até o fim da tarde desta sexta-feira. Conforme a pasta, a Divisão de Imunização estadual está analisando o cenário epidemiológico para definir uma estratégia visando à utilização das doses ainda disponíveis em São Paulo.

De acordo com o Ministério da Saúde, existem três tipos de vírus influenza: A, B e C. O vírus influenza C causa apenas infecções respiratórias brandas, sem grande impacto na saúde pública. O vírus A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus A responsável pelas grandes pandemias. Os vírus influenza A são ainda classificados em subtipos conforme sua características, estando circulando atualmente os subtipos A (H3N2), em maior proporção, e A (H1N1). No ano passado, o H1N1 foi responsável pelo maior número de casos graves no Estado.