Os futuros de petróleo operam em leve baixa nesta manhã, revertendo uma tentativa de recuperação de mais cedo, após sofrerem drásticas perdas na sessão anterior.

Às 8h14 (de Brasília), o petróleo tipo Brent para agosto, que já é o contrato mais líquido na IntercontinentalExchange (ICE), caía 0,25%, a US$ 51,64 por barril, enquanto o Brent para julho também tinha queda de 0,25%, a US$ 51,33 por barril. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para julho recuava 0,31%, a US$ 48,75 por barril.

Ontem, o petróleo sofreu um tombo de quase 5%, após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e dez nações de fora do grupo anunciarem, ao fim de uma reunião em Viena, que continuarão reduzindo sua oferta em cerca de 1,8 milhão de barris por dia por mais nove meses, até março de 2018. A decisão já era esperada desde a semana passada e causou frustração, uma vez que havia alguma expectativa de uma extensão mais longa ou de cortes mais agressivos na produção.

O petróleo havia acumulado forte valorização nas duas semanas e meia que anteciparam o encontro da Opep e de outros produtores, em meio a claros sinais de os cortes seriam de fato prorrogados. Diante disso, alguns investidores “vinham esperando um pouco mais” do que foi anunciado, segundo Stuart Ive, gerente de clientes da OM Financial. Para Eve, a commodity deverá agora operar dentro de uma margem estreita por pelo menos dois meses.

Na visão de Gordon Kwan, chefe regional de pesquisa de energia da Nomura, a queda de quase 5% de ontem foi uma “reação automática”. Ele nota que os estoques globais de petróleo finalmente começaram a diminuir, como resultado dos cortes na produção que a Opep e países que não integram o cartel vêm implementando desde o começo do ano. Fonte: Dow Jones Newswires.