Após duas horas na residência do presidente Michel Temer, na zona oeste da capital paulista, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, deixou o local, onde ambos, conforme relatou o porta-voz da indústria, discutiram a Proposta de Emenda Constitucional feita pelo governo federal para conter os gastos públicos, a PEC 241.

“Não tratamos de nenhum tema pontual assim, ficamos mais nos conceitos e temas macro. Diria que, de nossa conversa, 80% foi focado na questão da importância do teto dos gastos”, afirmou Skaf, ao negar que medidas de apoio ao setor industrial e que as eleições municipais tenham sido temas da reunião.

Depois de sair do que chamou de “visita de cortesia” a Temer, o presidente da Fiesp defendeu a aprovação da PEC 241, que limita a evolução dos gastos primários da União à variação da inflação do ano anterior.

“Se isso tivesse acontecido há dez anos, hoje teríamos uma dívida pública seis vezes menor. Se tivéssemos dívida de R$ 700 bilhões, ao invés dos R$ 4 trilhões que o governo deve, estaríamos vivendo em outro Brasil, a começar pela taxa Selic, que poderia ser 3%”, afirmou Skaf. “Com isso, o País estaria economizando R$ 500 bilhões por ano em pagamento de juros”, acrescentou.


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