As Forças Armadas americanas anunciaram nesta terça-feira terem abatido sete combatentes da Al Qaeda no Iêmen durante um ataque que envolveu tropas em terra.

O ataque, realizado com o apoio das autoridades iemenitas, foi lançado nas primeiras horas de terça-feira contra um acampamento de extremistas na região de Marib, ao leste da capital, Sana.

“Durante esta operação, as Forças Armadas mataram sete combatentes da Al Qaeda em um ataque combinado com disparos de armas leves e de impactos aéreos de precisão”, destacou o centro de comando americano no Oriente Médio (Centcom) em um comunicado.

O porta-voz do Pentágono, o capitão da Marinha Jeff Davis, disse que combatentes da Al Qaeda na Península Arábica (AQAP) encontraram comandos armados e em um confronto os sete milicianos foram mortos.

As tropas no terreno chamaram uma aeronave de combate AC-130 para apoio, informou Davis. O porta-voz disse que vários militares americanos ficaram feridos, mas receberam tratamento ambulatorial (sem necessidade de internação), o que significa que puderam sair caminhando do local do confronto.

“Isto é o mais profundo que entramos no Iêmen para lutar contra a AQAP”, disse Davis, destacando que foi a primeira operação desde 29 de janeiro, quando um ataque a combatentes da Al-Qaeda deixou mortos vários civis e um membro da US Navy SEAL.

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Davis disse existirem “indícios confiáveis” de que tenha havido vítimas civis no ataque desta terça.

Segundo fontes tribais no Iêmen, a operação ocorreu por volta das 03H30 locais (22H30 de Brasília) e visava “um bloco residencial controlado por combatentes da Al Qaeda” em Al Hathla, uma região montanhosa no sudeste de Marib.

Estas fontes deram um balanço de “seis membros da Aqpa assassinados e outros oito feridos, todos membros de uma mesma tribo, de Al-Aadhal”, indicou uma das fontes.

Os Estados Unidos, que consideram a Aqpa a ala mais perigosa da Al-Qaeda, intensificaram o ataque contra o grupo desde que Donald Trump assumiu o poder.

O Iêmen atravessa uma guerra civil devastadora que confronta os rebeldes huthis às forças governamentais apoiadas por uma coalizão árabe, dirigida pela Arábia Saudita.

Os Estados Unidos apoiam esta coalizão com a venda de armas, abastecimento de aviões em solo e compartilhando informação de Inteligência.

O conflito deixou mais de 8.000 mortos e 40.000 feridos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Até o momento, sete tentativas de cessar-fogo e esforços de paz fracassaram para deter as hostilidades.


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