ROMA, 20 JUL (ANSA) – O Senado da Itália aprovou a obrigatoriedade de vacinação para crianças em idade escolar por 171 votos a favor, 63 contrários e 19 abstenções nesta quinta-feira (20). Agora, o texto precisa ser aprovado pela Câmara dos Deputados para poder entrar em vigor.   

“Senado aprova o decreto das vacinas com ampla maioria. Um passo adiante para a proteção da saúde dos italianos”, escreveu no Twitter o primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni.   

Já a ministra da Saúde, Beatrice Lorenzin, destacou à ANSA que “o decreto sai do Senado mudado, mas não mais fraco”. “Permanece a obrigatoriedade das vacinações, ficaram as sanções e adicionou-se uma chamada ativa na relação com os pais. Com isso, o objetivo está absolutamente centrado”, disse.   

As mudanças no texto apresentado pelo governo, segundo a ministra, referem-se basicamente à redução das penas aos pais que não cumprirem à lei. “Mas foi introduzida uma forte chamada na relação com os pais, e as sanções permanecem de qualquer maneira, assim como o critério de distribuição nas classes que prevê não mais que duas crianças não vacinadas em cada turma”, acrescentou Lorenzin.   

Também houve a diminuição de 12 para 10 o número de vacinas obrigatórias, tendo sido retiradas duas em relação à meningite “que continuam sendo fortemente recomendadas”. “É preciso que a ciência seja mais forte que a desinformação”, concluiu.   

O decreto presidencial, assinado por Sergio Mattarella, prevê que todas as crianças entre zero e 12 anos precisam ter a vacinação em dia para poder se matricular nas escolas a partir do próximo ano letivo.   

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Aquelas que tem entre zero e seis anos de idade e que não forem vacinadas estão proibidas de serem matriculadas. Já as que tem entre sete e 16 anos podem ser inscritas, mas os casos serão denunciados, obrigatoriamente, em até 10 dias da matrícula.   

A lei foi criada após ter sido descoberta uma fraude em um hospital de Údine, onde uma enfermeira fingia que vacinava as crianças, obrigando mais de sete mil a serem imunizadas novamente.   

Além disso, há a preocupação das autoridades com casos de doenças consideradas erradicadas ou muito controladas, como poliomielite, sarampo e meningite do tipo C, que voltaram a ser registradas por conta da decisão dos pais de não vacinar os filhos. (ANSA)


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