A seleção brasileira feminina de basquete foi surpreendida e perdeu para a frágil equipe de Ilhas Virgens na Copa América de Buenos Aires, na Argentina. Em um dos maiores vexames de sua história, o time verde e amarelo jogou muito mal nesta quarta-feira e caiu na prorrogação por 67 a 60.

O resultado complica a situação do Brasil na competição. Isso porque o País fica na segunda colocação do Grupo A, com duas vitórias e uma derrota, e precisará derrotar na quinta-feira as donas da casa, as argentinas, se quiser garantir vaga nas semifinais sem depender de nenhum outro resultado.

Em meio a crises política da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) e técnica da modalidade feminina, a seleção brasileira atingiu o fundo do poço nesta quarta-feira. A péssima atuação teve como pior momento a prorrogação, na qual o País marcou somente dois pontos em cinco minutos.

A participação brasileira no torneio, aliás, ocorre após o fim de um período de suspensão de 209 dias imposta pela Federação Internacional de Basquete (Fiba). A equipe, assim, foi à Copa América com um técnico interino – Carlos Lima – e um grupo formado às pressas, sem as duas jogadoras que atuam na WNBA – Erika e Damiris.

Como nas duas primeiras partidas, o Brasil não fez um bom início de jogo nesta quarta. Após um primeiro quarto empatado, Ilhas Virgens aproveitaram a fragilidade ofensiva brasileira no segundo – foram apenas 10 pontos marcados pelo País no período – e abriram vantagem.

O técnico Carlos Lima deve ter corrigido parte dos problemas no intervalo, porque no terceiro período, o Brasil marcou 19 pontos e teve sua melhor produção ofensiva da partida. Foi o suficiente para voltar para a partida e levá-la em equilíbrio novamente para o quarto final.

Parecia que o jogo estava nas mãos brasileiras, porque a seleção embalou e chegou a abrir vantagem nos primeiros minutos. Mas pouco durou. Com 56 a 56 no placar, Rafaela acertou dois lances livres que pareciam decisivos a 42 segundos para o fim. A resposta veio com uma linda cesta de Tate, com 14 segundos no cronômetro. Ainda restou uma última oportunidade para a seleção, mas o ataque pouco inspirado não conseguiu furar o bloqueio adversário.

Na prorrogação, todos os defeitos brasileiros vieram à tona. O ataque pouco produtivo ficou sem marcar por mais de quatro minutos. Na defesa, as jogadoras erraram demais e permitiram que as adversárias abrissem seis pontos. Com menos de dois minutos para o fim, o nervosismo também pesou, os arremessos escolhidos não foram os mais inteligentes e a derrota foi confirmada.