A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça, determinou que três frigoríficos investigados na Operação Carne Fraca recolham produtos e reembolsem os consumidores. Os frigoríficos Peccin, Souza Ramos e Transmeat, todos do Paraná, terão cinco dias para dar início ao recall.

Em nota enviada aos integrantes do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, que inclui Procons, a Senacon informa que abriu procedimentos para apurar as implicações da Operação Carne Fraca e que notificou as empresas JBS, BRF, Larissa e Mastercarnes, citadas pela Polícia Federal, a também prestarem esclarecimentos. A determinação do recall foi feita após pedido de informação ao Ministério da Agricultura, que repassou dados de auditorias em 21 frigoríficos.

Em relação à Peccin, localiza em Curitiba, o Ministério encontrou “suspeita de risco à saúde pública ou adulteração”. Já o estabelecimento da Souza Ramos, em Colombo, “não detém controle dos processos relacionados a formulação e rastreabilidade de seus produtos, não garantindo a inocuidade dos produtos elaborados”.

No caso da Transmeat, de Balsa Nova, a Agricultura entendeu que o estabelecimento também não tem controle dos processos relacionados à rastreabilidade dos produtos. “Todos os produtos com origem naqueles estabelecimentos devem ser recolhidos, com o devido reembolso ao consumidor, daquilo que for por ele restituído aos pontos de venda”, afirma a nota.

A Senacon cita ainda que a JBS informou que a Operação Carne Fraca esteve limitada ao gabinete do médico veterinário Welman Paixão Silva Oliveira, lotado na planta frigorífica da JBS em Goiânia (GO). “Os fatos noticiados estão sendo objeto de cuidadosos procedimentos internos de apuração. Os lamentáveis casos mencionados não envolvem nenhuma das marcas da JBS, não havendo necessidade de retenção ou recall de lotes de produtos”, declarou a empresa à Secretaria. As carnes que serão devolvidas têm os seguintes selos na embalagem: SIF 2155 (Peccin), SIF 4040 (Souza Ramos) e SIF 4644 (Transmeat).

O Senacon ressaltou que o principal foco dos representantes dos consumidores deve ser coletar e organizar informações “mais precisas e qualificadas sobre os fatos”. O órgão instrui os consumidores que tiverem comprado produtos das empresas investigadas a procurar os canais da própria empresa para obter informações sobre a qualidade dos produtos e, caso não consiga atendimento adequado, procurar os órgãos de defesa do consumidor.

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A secretaria orientou ainda os consumidores a manter aves cruas congeladas ou refrigeradas e separadas de outros alimentos, optar por carnes bovinas que tenham selo de qualidade e não consumir carnes com aspecto escuro ou esverdeado.


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