Devido à previsão de paralisação total ou parcial do transporte público, a Prefeitura de São Paulo decidiu suspender o rodízio de veículos e a cobrança por estacionamento em zonas azuis nesta sexta-feira, 28. As faixas de ônibus, do lado direito das vias, estarão liberadas para o trânsito de qualquer veículo. Nos corredores de ônibus em faixas da esquerda, será aberta a exceção apenas para táxis, meios de transporte escolares e veículos com duas ou mais pessoas. Já as restrições para caminhões serão mantidas.

[posts-relacionados]

As medidas foram anunciadas pelo secretário municipal dos transportes e mobilidade urbana de São Paulo, Sérgio Avelleda, em entrevista ao jornal da Rádio Eldorado na manhã desta quinta-feira, 27. Ele garantiu que os radares eletrônicos estarão programados para não autuar veículos por descumprimento do rodízio.

Mesmo com as flexibilizações, o representante da gestão de João Doria pede que a população da Capital e Região Metropolitana evite sobrecarregar o trânsito durante o dia atípico.

“Quem puder, faça deslocamentos a pé ou de bicicleta. Combine antes de dividir viagens, ofereça ou peça carona a amigos e vizinhos. Isso vai ajudar muito a cidade. Quanto menos carros nas ruas amanhã, melhor”, recomendou.

A secretaria de transportes e a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) devem remanejar veículos disponíveis para atender as principais rotas de ônibus. No entanto, como não é possível prever a adesão de funcionários, não há garantia de que a população poderá contar com esquemas alternativos.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

Avelleda lembrou que, na última manifestação similar, em março, as entidades sindicais não cumpriram determinação judicial para circulação de parte da frota nos horários de pico.

A Prefeitura vai acionar a Justiça para pedir liminares contra os sindicatos, como já foi feito pelo governo do Estado, que administra o metrô e os trens. A possibilidade de oferecer carros privados acionados por aplicativos ou táxis gratuitos aos servidores municipais ainda é negociada por Doria com as empresas que atuam na cidade, conforme o secretário.

Os sindicatos que representam funcionários de ônibus, do metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) em São Paulo confirmaram que irão aderir à greve geral convocada por centrais sindicais em todo o Brasil. Os trabalhadores protestam contra as reformas trabalhista e previdenciária, além da lei que amplia a terceirização do trabalho.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias