A Rússia bloqueou nesta quarta-feira uma condenação do Conselho de Segurança da ONU ao último teste de míssil lançado pela Coreia do Norte, mesmo depois de a China ter apoiado a declaração enérgica feita pelos Estados Unidos, disseram diplomatas.

O projeto de declaração, ao qual a AFP teve acesso, pedia à Coreia do Norte para “não realizar mais testes nucleares” e deter os lançamentos depois do teste fracassado realizado no domingo passado.

A Rússia queria incluir uma linguagem contida em uma declaração prévia no qual se enfatizava a necessidade de chegar a uma solução através do diálogo, segundo os diplomatas.

No mês passado, o Conselho estava unido sobre emitir uma forte condenação pelo lançamento de três mísseis e expressou sérias preocupações sobre a “crescente conduta desestabilizadora” de Pyongyang.

No projeto de declaração, os membros expressavam “sua extrema preocupação” com a crescente conduta desestabilizadora da Coreia do Norte e ameaçaram tomar novas “medidas importantes”.

Diplomatas que falaram sob a condição do anonimato mostraram-se surpresos com o bloqueio russo, quando a China, aliada de Pyongyang, estava disposta a apoiá-la.

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O acordo com a Rússia ocorreu antes da reunião que o Conselho de Segurança celebrará na próxima semana sobre a Coreia do Norte, que será presidida por Rex Tillerson, secretário de Estado americano.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, declarou em separado que devia se fazer tudo o possível para enfrentar a ameaça da Coreia do Norte e assegurar que seus programas de mísseis e nucleares não supõem uma ameaça internacional.

Guterres indicou que os países na linha de frente da crise (China, Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e Rússia) não devem poupar esforços para evitar uma escalada militar de parte de Pyongyang.

Anteriormente, o vice-presidente americano, Mike Pence, tinha destacado anteriormente que Washington reagiria a qualquer ataque norte-coreano com uma resposta esmagadora e efetiva.

“A Coreia do Norte é a ameaça mais perigosa e urgente contra a paz e a segurança na Ásia Pacífico”, disse Pence.

“Faremos fracassar qualquer ataque e responderemos a qualquer uso de armas convencionais ou nucleares com uma resposta americana esmagadora e efetiva”, advertiu.


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