ROMA, 21 JUL (ANSA) – Cerca de 1,5 milhão de pessoas podem ser afetadas por um racionamento de água em Roma, capital da Itália, após o governo da região do Lazio, onde fica a cidade, ter firmado dois decretos que impedem o uso do lago de Bracciano como fonte de fornecimento.   

Segundo a administração regional, a deterioração das condições do depósito de água determinou o “início de uma ação de proteção dos aspectos ambientais e naturais da bacia, com o objetivo de recuperar o quanto antes sua integridade ecológica”.   

Além disso, a região do Lazio estabeleceu para 28 de julho a interrupção da retirada de água do lago de Bracciano, que é o oitavo maior da Itália em extensão, com 56,5 quilômetros quadrados.   

Em resposta, a Acea, empresa responsável pelo abastecimento em Roma e seus arredores, afirmou que essa decisão “unilateral e ilegítima” causará uma série de “graves consequências para os cidadãos” da capital.   

“A drástica redução do fluxo de água na rede hídrica da cidade nos obrigará, de fato, a implantar um rígido racionamento no fornecimento, que afetará cerca de 1,5 milhão de romanos”, diz uma nota da companhia, que se compromete a “elaborar um detalhado plano de emergência”.   

Recentemente, o elevado consumo de água em Roma fez a prefeita Virginia Raggi ordenar o desligamento de algumas fontes usadas como bebedouros, uma medida inédita nos últimos 140 anos. A Itália vem enfrentando um dos verões mais quentes e secos em seis décadas, condição que provocou uma série de incêndios no centro-sul do país. (ANSA)