Tudo o que Sepultura precisou para abrir as maiores (e com certeza mais violentas) rodas do Rock in Rio foram 10 segundos: os primeiros acordes da guitarra de Andreas Kisser fizeram gente subir em cima da outra, tirar a camisa e até acender um sinalizador. A banda fechou o Palco Sunset desta edição do Rock in Rio na noite de domingo, 24.

Não é preciso ser fã de metal para entender que todo o sucesso e os epítetos que o Sepultura mereceu ao longo dos 33 anos de estrada são justificados e a essa altura estabelecidos: maior banda do gênero no País, e uma das maiores do mundo.

“Nós vamos tocar várias do Machine Messiah, mas temos espaço para o velho Sepultura”, disse Kisser antes de Kairos (2011) e Inner Self (1989). Alguns fãs da velha guarda xingaram o guitarrista enquanto ele falava – resquícios da treta com os irmãos Cavalera, fundadores da banda, é o motivo alegado por pessoas da plateia.

Em mais de um momento membros do grupo Família Lima, subiram ao palco para tocar dois quartetos de cordas e um órgão (com a orquestra Dynamic de Santo André e o maestro Renato Zanutto no Hammond). O parentesco entre música clássica e metal virtuoso não é tão estranho quanto parece.

Mas a maior parte do tempo são os quatro: Kisser, o vocalista Derrick Green, o baixista Paulo Jr e o baterista Eloy Casagrande.

Um grupo de seguranças ficou circulando no meio da galera, mas não houve nenhum incidente e a presença prova a pouca vocação do Rock in Rio para receber shows, digamos, mais pegados e com público dedicado.

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Supla também foi visto pulando do fosso para a galera no comecinho do show.

Durante toda a apresentação, entre uma música e outra, os fãs entoavam “Sepultura, Sepultura” – e as rodas, também, permaneceram até o final.


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