O secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Mohammad Sanusi Barkindo, afirmou nesta segunda-feira que a reunião de produtores da commodity marcada para a quarta-feira será informal e “para consultas”. A declaração reduz a possibilidade de um acordo para conter as exportações e consequentemente impulsionar o preço do barril.

Membros da Opep e a Rússia devem se reunir no intervalo do Fórum Internacional de Energia. Segundo a avaliação do JPMorgan, a chance de um acordo está na casa dos 25%. Para o banco, de qualquer modo, as conversas são um passo necessário para qualquer futuro pacto, se não na reunião de novembro da Opep, talvez “mais provavelmente” na reunião ministerial da Opep marcada para meados de 2017.

O Morgan Stanley também prevê que não saia um acordo nesta semana. Ainda assim, esse banco espera que o encontro lance as bases para uma discussão mais formal e construtiva na reunião oficial da Opep de novembro. O Barclays também diz que um acordo é improvável, mas espera que alguns membros digam que estão avaliando com atenção os acontecimentos no mercado e possam fazer uma reunião excepcional subsequente, se considerada necessária.

Na avaliação da RBC Capital Markets, a intenção agora pode ser caminhar para finalizar um plano antes da reunião de novembro da Opep. O Citigroup tampouco espera uma ação coordenada em relação aos níveis de produção e afirma que, mesmo se algo se materializar, isso deve ter impacto mínimo no mercado físico.

O Commerzbank diz que caso um acordo inesperado se siga a uma alta dos preços, isso seria “contraproducente para a Opep”. Nesse caso, é provável que a indústria de xisto dos EUA seja capaz de usar a alta de curto prazo nos preços para fazer hedge e isso resultar em uma oferta mais ampla da commodity. “Em nossa opinião, o cartel tem poucas opções no médio prazo a não ser seguir com sua política até que o crescimento na demanda supere o crescimento na oferta de fora da Opep”, diz o Commerzbank. Fonte: Dow Jones Newswires.