Algumas das principais entidades empresariais do Brasil divulgaram notas nesta quarta-feira, 12, nas quais aprovam o movimento do Banco Central (BC) de reduzir a Selic em 1 ponto porcentual, para 11,25% ao ano, intensificando, portanto, o ritmo de flexibilização monetária, que vinha de dois cortes seguidos de 0,75 ponto porcentual.

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) disse que considera “acertada” a decisão, “na medida em que a inflação está em trajetória cadente e a atividade econômica ainda não mostrou sinais claros de recuperação”. “De fato, a inflação deve encerrar o ano abaixo da meta de 4,5%, fato que não ocorre há oito anos, ao passo que as expectativas para o crescimento do PIB não só permanecem inferiores a 1% como têm sido revisadas para baixo há quatro semanas”, diz a nota.

A Associação Comercial de São Paulo (ACSP), por sua vez, afirma que o corte de hoje é “bem-vindo”. “Com a queda de preços já dentro da meta para o ano, é preciso reduzir rapidamente a diferença entre a Selic e a inflação. Mais do que isso, a decisão do BC é uma ação concreta para alavancar a retomada da economia e, principalmente, conter o desemprego”, analisa Marcel Solimeo, superintendente institucional da ACSP.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) também aprovou o corte, mas pediu mais. “O BC está fazendo seu papel ao aumentar o corte dos juros. No entanto, o Brasil tem pressa e há espaço para recuos ainda maiores da Selic”, afirma Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do Ciesp.


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