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NA MALA
Maya levará a Madri itens consagrados e releituras da cozinha mineira

Começando pelo básico da culinária mineira, o pão de queijo, passando pelas releituras, como o desfiado de carne de jabá ao molho de café e limão capeta, e chegando ao exótico com a farofa de formiga Içá, vai ter de tudo um pouco à mesa da próxima edição do Madrid Fusión. O festival de gastronomia, um dos maiores do mundo, acontece de 21 a 23 e traz uma novidade em sua décima primeira edição: em vez de um país, o convidado será um Estado, Minas Gerais, que escolheu como produto para o festival um grão bem típico da região, o café. “Minas Gerais tem bons produtos, uma cozinha com personalidade e está realizando um bom trabalho com a ajuda do governo. Isso é muito importante”, disse à ISTOÉ Lourdes Plana, uma das criadoras do Madrid Fusión. Lourdes conheceu a culinária mineira em agosto passado, durante o festival gastronômico de Tiradentes. E se encantou com o que viu, em especial os doces e os queijos.

Para chegar a Madri foi essencial a participação do grupo Conspiração Mineira, que reúne velhos conhecidos do mercado gastronômico de Minas. Eles firmaram uma parceria com o governo estadual e levaram os espanhóis para conhecer o Estado. A inspiração veio de outro movimento culinário, a Sociedade Peruana de Gastronomia, empreitada do crítico e cozinheiro Bernardo Roca-Rey e o empresário Gastón Acurio. Assim como os peruanos, os mineiros pretendem renovar a cozinha local e ganhar público internacional para seus pratos. “Resolvemos fazer barulho”, brinca um dos fundadores da Conspiração, Eduardo Maya. Ele é um dos 15 chefs da delegação mineira, que chega a Madri acompanhada do chef Alex Atala, único brasileiro a figurar entre os 50 melhores da revista britânica “Restaurant”. Agora, o objetivo é mostrar que Minas vai muito além do frango com quiabo.

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