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ARTE ENGAJADA
Atriz respeitada e embaixadora da ONU, Angelina abordou
um assunto que a incomodava desde a juventude

"Brad pegou na minha mão e disse: está tudo bem, amor, fique tranquila." É assim que Angelina Jolie descreve a reação do marido, o ator Brad Pitt, ao assistir “Na Terra de Amor e Ódio”, que estreia no Brasil na sexta-feira 23. Segundo a própria atriz, em entrevista por ocasião do lançamento do seu primeiro filme de ficção como diretora e roteirista, o marido se preocupou “para eu não passar mal por estar apresentando meu filme pela primeira vez, ainda mais à família".

A estreia é ousada. São poucos os diretores que arriscam começar sua carreira com um tema impactante tal como fez Angelina ao abordar a Guerra na Bósnia. “Tentei fazer um filme tradicional, com bons atores e personagens, mas é impossível suavizar os acontecimentos desse tipo de guerra”, diz a estreante, que tinha 17 anos de idade quando começaram os primeiros ataques contra muçulmanos no leste daquele país. Era o prenúncio daquilo que se tornaria o mais longo conflito na Europa ocorrido depois da Segunda Guerra Mundial – o confronto começou em abril de 1992 e terminou em dezembro de 1995. Naquela época, ela não sabia com exatidão o que acontecia na Europa, mas carregou ao longo dos anos a sensação de que algo poderia ter sido feito para que se evitasse a morte de milhares de inocentes e o estupro de 50 mil mulheres. Angelina cresceu, tornou-se atriz das mais respeitadas e embaixadora da ONU, e resolveu estrear como roteirista e diretora de ficção aos 37 anos contando uma história de amor entre os lados dessa guerra.

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“Eu me lembro de ter me sentido culpada e responsável por não ter feito nada a respeito na época”, diz ela. No filme, Ajla (Zana Marjanovic) e Danijel (Goran Kostic) estão em lados opostos nessa batalha entre os servos e os não servos (Ajla é muçulmana) e, enquanto a tragédia vai tomando cada vez mais espaços em suas vidas, o relacionamento entre eles se modifica. Essas mudanças conduzem o espectador. 

Angelina, porém, não se aventurou sozinha nessa empreitada e contou com ajuda para aperfeiçoar seus conhecimentos de direção. Os atores, que viveram o conflito na pele, deram-lhe dicas para aumentar a veracidade das cenas. “Constantemente eu perguntava a eles: ‘Isso parece certo? Foi assim que o filho do seu vizinho morreu?’”, diz Angelina, que carregou para o set de filmagens também a sabedoria de quem foi dirigida por grandes mestres. “Clint Eastwood me ensinou sobre ter uma equipe de pessoas que eu respeitasse e todos se tratassem bem e sem dramas”, diz ela, que, a considerar a estreia com pé direito, soube escutar seus mestres.

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