Depois de uma tentativa de interromper a votação da reforma trabalhista por meio de requerimento, Renan Calheiros (PMDB-AL) se posicionou juntamente com a oposição e falou com outros membros contrários ao projeto do governo.

“É indiscutível que maioria da bancada do PMDB é a favor da reforma trabalhista, mas não vou me calar. Em minha carreira, nunca deixei passar a impressão de que flexibilização de direitos resolve o problema da economia”, afirmou.

O senador enumerou críticas ao projeto. “Reforma obriga gestante e lactante a trabalhar em local insalubre, coloca o acordado sobre o legislado, enfraquece sindicatos, permite trabalho intermitente e eleva a demissão coletiva”, ilustrou.

Renan alegou ainda que editar uma medida provisória para fazer modificações no texto do projeto depois de aprovado nada mais é do que levar a discussão novamente para a Câmara. Nesse caso, ele conclui que a proposta atual não precisaria ser aprovada, já que os senadores poderiam fazer modificações e retornar o texto para os deputados.

“O próprio presidente sugeriu editar uma medida provisória. O que seria editar uma MP, se não levar esse assunto de novo para a Câmara? Quanto mais tempo entendermos que podemos ganhar com a reforma para atender não sei lá a quem, deixamos de cumprir o papel do Senado Federal”, afirmou.