Após derrotar um requerimento de retirada de pauta, o plenário da Câmara dos Deputados começou nesta quarta-feira, 26, a ouvir a leitura do relatório do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) sobre a reforma trabalhista. A sessão de apreciação do projeto de lei já dura três horas.

Em suas palavras iniciais, Marinho atacou os críticos da proposta e disse que não aceitará pressão contra a modernização da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). “Essa intimidação não vai acontecer”, discursou.

A sessão foi marcada por discursos sucessivos da oposição contra o projeto. Durante a leitura, oposicionistas ergueram cartazes no plenário com foto de uma carteira de trabalho rasgada e críticas a dificuldade que o projeto, se aprovado, trará ao trabalhador que precisar da Justiça do Trabalho.

Os cartazes traziam os dizeres: “Trabalho intermitente não é decente” e “Demissão em massa”. Os deputados chegaram a gritar “Fora, Temer”. Com a intervenção do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a leitura do relatório foi retomada.

Bate-boca

Mais cedo, deputados relataram que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se exaltou com um dirigente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). De acordo com relatos, o grupo que havia marcado audiência com Maia se atrasou e cobrou que Maia desse prioridade à reunião onde seria entregue um documento da OAB contra a reforma. A entidade – juntamente com a Força Sindical, outras centrais sindicais e a CNBB – queriam a suspensão da votação.

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Segundo deputados, o bate-boca aconteceu quando um dirigente da OAB teria dito que Maia não respeitava as entidades. O presidente da Câmara respondeu que essa era a opinião dele, que a sessão já havia começado e que não iria interromper o plenário para atendê-los.


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