O governo enxerga o desenho da reforma da Previdência como um “castelo de cartas”: se uma das peças for retirada, ou ela é substituída, ou toda a construção é colocada em risco. Essa é a estratégia que será adotada na defesa no Congresso para tentar impedir que a as novas regras de aposentadoria sejam flexibilizadas pelos parlamentares em meio à pressão de centrais sindicais e da população.

“Isso daqui é um castelo de cartas, uma engrenagem. Uma coisa é compatível com outra, não são peças isoladas”, disse o secretário da Previdência, Marcelo Caetano, em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. “Se começar a abrir mão de uma coisa, vai ter que ter outra para compensar.”

A idade mínima de 65 anos é um dos pilares da reforma. Mas o secretário evita elencar pontos que seriam inegociáveis. Segundo Caetano, o governo não está fechado a propostas de parlamentares, desde que tenham efeito equivalente às medidas pensadas pelo governo federal.

A regra de transição é outro ponto bastante relevante na reforma. Ela prevê condições diferenciadas de aposentadoria para homens acima de 50 anos e mulheres acima de 45 anos. Para quem se enquadra nessas condições, não haverá idade mínima, mas um “pedágio” de 50% do tempo restante para a aposentadoria segundo as regras atuais. “Se começar a dizer que o pedágio vai ser menor, que a idade de corte vai ser mais baixa, o efeito fica menor”, disse o secretário. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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