RebecaAndrade_1280x720_Ben STANSALL/AFPAos 17 anos, Rebeca Andrade não se intimidou com a responsabilidade e ajudou o Brasil a encaminhar a classificação para a final por equipes. Sua importância para o conjunto é motivo de orgulho para a jovem. “Fico feliz por saber que elas precisam de mim, não sou só mais uma. É muito bom saber que você pode ajudar a equipe”, exalta. Em sua primeira Olimpíada, a brasileira também teve a chance de mostrar que está entre ginastas mais completas do mundo.

Com 58,732 pontos na soma dos quatro aparelhos, ficou à frente de russas e chinesas e ganhou confiança. “Meus treinadores sempre acreditaram que um dia, em uma Olimpíada, eu pegaria final do individual geral. Claro que eu acreditava, mas não tanto quanto eles. Agora sei que posso, é querer mais e mais”, afirmou. A brasileira aguarda as duas próximas subdivisões para saber sua posição final.

A convicção da ginasta ficou abalada depois de ter passado por uma cirurgia no joelho direito, que a tirou do Mundial de Glasgow, em 2015. Ela desanimou durante o período de recuperação, mas foi impedida pela mãe. “Falei para minha mãe que eu não queria mais treinar depois que me machuquei e ela não deixou. Me disse: ‘Eu não acredito, Rebeca, você vai desperdiçar 13 anos da sua vida para isso. Eu não vou deixar’.” E a atleta obedeceu, para o bem da ginástica brasileira.

Nos Jogos Olímpicos, Rebeca pôde, enfim, se mostrar para o mundo. Se a vaga para a final for confirmada, ela apresentará um novo salto em sua apresentação de solo. Caso seja aceita no código de pontuação da Federação Internacional de Ginástica (FIG), a acrobacia inédita ganhará o sobrenome da brasileira. Ela não apresentou o movimento neste domingo para não correr o risco de atrapalhar o grupo. “Quero que venha medalha para equipe primeiro e depois, no individual geral, o problema é meu, não vou prejudicar a equipe.”