Pela quinta vez em sete edições, um queniano subiu ao lugar mais alto do pódio na Maratona de Jerusalém. Nesta sexta-feira pela manhã, Shadrack Kipkogey cruzou os 42,195 quilômetros do percurso pela capital israelense em 2h17min36s e repetiu o feito de 2016, quando também ficou com a medalha de ouro.

Kipkogey imprimiu um ritmo forte desde o início e fez parte do pelotão que saltou na frente logo nos primeiros minutos da prova. Por volta da metade da maratona, o queniano deixou para trás seus principais adversários para cruzar a linha de chegada com vantagem confortável. Seu tempo, no entanto, foi inferior ao que lhe deu a vitória em 2016, quando completou o percurso em 2h16min33s.

O queniano chegou a ter a concorrência de dois adversários durante boa parte da prova. O etíope Wendwesen Tilahun Damte terminou na segunda colocação, com o tempo de 2h20min47s. Ele e o também queniano Mathew Kibiwott Sang, que faturou o terceiro lugar, com a marca de 2h21min25s, perseguiram o líder na primeira metade da corrida, mas não aguentaram o ritmo de Kipkogey.

Na disputa feminina, uma chegada bem menos competitiva. Com apenas duas corredoras de elite participando da prova, a disputa ficou somente entre as quenianas Emily Chepkemoi e Merci Too. E Chepkemoi levou a melhor, ao cruzar a linha de chegada em 2h49min25s. Too terminou na segunda colocação, com o tempo de 2h57min44s.

A edição de 2017 da Maratona de Jerusalém foi a maior entre as sete já realizadas, com mais de 30 mil participantes. Destes, cerca de 3.500 eram estrangeiros, de 70 países diferentes. A expectativa do prefeito da cidade e idealizador da prova, Nir Barkat, é a de que a disputa cresça ainda mais nos próximos anos.

A PROVA – O clima na manhã de Jerusalém esteve favorável para a corrida nesta sexta-feira. O sol apareceu no céu da capital israelense, mas a temperatura abaixo dos 15 graus e o vento eram propícios para que os atletas minimizassem o desgaste durante o longo percurso.

Como em boa parte das maratonas, havia todo tipo de participantes, mas a quantidade de pessoas trajando fantasias chamou a atenção. De heróis dos filmes e quadrinhos a figuras históricas e religiosas, a criatividade foi a tônica na linha de largada, onde milhares de pessoas se amontoavam no Parque Sacher.

Os corredores deixaram o parque e rumaram para o sul da cidade, passando, na sequência por cartões postais de Jerusalém, como o Parlamento, o Museu de Israel, o Monte Sião, a Cidade Velha e o Monte Scopus.

Mas não demorou para que os principais atletas se separassem daqueles que participavam da prova apenas por diversão. Na prova masculina, antes mesmo dos primeiros 10 minutos, os africanos dispararam e criaram um batalhão que não mais seria incomodado pelos outros competidores. Kipkogey, então, forçou o ritmo na metade final do percurso e cruzou com tranquilidade na frente.

Já na disputa feminina, Chepkemoi enfrentou bem menos concorrência para vencer e inclusive pôde diminuir o ritmo na reta final. Até por isso, fez o pior dos tempos entre as vencedoras das sete edições da maratona. No ano passado, por exemplo, Joan Kigen, também do Quênia, completou o percurso em 2h38min24s.