Quase metados dos brasileiros que sacaram ou estão sacando recursos inativos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pretendem usar ou usaram a renda extra para consumo.

Segundo estudo feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 47% usaram o dinheiro dessa forma. A maior parte, cerca de 35% desse total, pretende usar ou usaram o dinheiro para cobrir despesas do dia a dia.

“O fato de tantos consumidores usarem esse dinheiro extra para gastos frequentes do dia a dia é reflexo da dificuldade financeira do brasileiro que está com a renda menor. Fica o alerta para que o consumidor ajuste o seu padrão de vida para baixo, pois esse dinheiro extra é pontual e serve de alívio momentâneo”, disse a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Segundo o estudo, 35% dos trabalhadores estão usando ou usaram o dinheiro do FGTS inativo para quitar contas em atraso e 5% para abater pelo menos parte dessas dívidas. Ainda de acordo com a pesquisa, 12% das pessoas entrevistadas pretendem utilizar ou utilizaram esse dinheiro para antecipar o pagamento de contas não atrasadas, como prestações do carro e da casa.

Uma estimativa feita pelas duas entidades apontou que, até a segunda quinzena de julho, cerca de R$ 13,7 bilhões foram injetados na economia para o pagamento de dívidas. A expectativa é que mais R$ 380 milhões sejam movimentados nos próximos meses com a mesma finalidade.

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O estudo foi feito em 12 capitais, com 800 pessoas com idade igual ou superior a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais e a margem de confiança é de 95%.

 


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