HAMBURGO, 7 JUL (ANSA) – Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e dos Estados Unidos, Donald Trump, teriam fechado um acordo de cessar-fogo na região sudoeste da Síria durante a reunião a portas fechadas às margens do G20, que está sendo realizado em Hamburgo, na Alemanha, nesta sexta-feira (7).   

De acordo com fontes próximas aos dois governos, a trégua entrará em vigor no próximo domingo (9) e marcaria uma grande mudança na configuração da guerra síria, que se arrasta por mais de seis anos. Há ainda a informação de que dois dos principais aliados norte-americanos na região, Jordânia e Israel, aprovaram a ideia.   

Os detalhes sobre esse pacto, que surgiram durante as mais de duas horas de conversas, devem ser anunciados ainda hoje pelo secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson.   

EUA e Rússia estão em blocos opostos nos conflitos armados na Síria. Enquanto os primeiros lideram a coalizão internacional, junto com a União Europeia, os russos tem sua coalizão com Irã e com o governo de Damasco.   

Além disso, para Putin a manutenção no poder do presidente Bashar al-Assad é fundamental, enquanto os “ocidentais” classificam Assad como um ditador e querem sua saída imediata para poder negociar a paz no país. Outro ponto que difere as duas coalizões, é o fato de que os ataques aéreos russos são feitos também contra os grupos rebeldes que lutam contra o mandatário e não apenas os considerados terroristas, como o Estado Islâmico e o Frente al-Nusra. Se confirmada, a decisão surge poucas semanas após os russos anunciarem que não fazem mais a comunicação estratégica dos ataques com Washington. Para evitar colisões aéreas, os “dois lados” da guerra informam suas coordenadas de ações. No entanto, como a coalizão ocidental derrubou drones iranianos e sírios, os russos ficaram irritados com o ato e anunciaram a suspensão do memorando. (ANSA)