ROMA, 1 FEV (ANSA) – O Ministério do Meio Ambiente da Itália junto com representantes regionais decidiram aprovar o plano para a conservação e gestão dos lobos, que prevê a possibilidade de reabrir a caça a esses predadores, e provocou uma revolta entre as associações que defendem os direitos dos animais.   

Nas redes sociais, diversos grupos ambientalistas anunciaram manifestações e até mesmo uma greve de fome, o que causou um recuo na decisão do representantes das regiões. No entanto, o ministro do Meio Ambiente, Gian Luca Galletti, continua a defender o projeto.   

O plano de conservação e gestão dos lobos na Itália inclui 22 medidas para resolver os problemas de convivência entre as espécies, já que nos últimos anos, houve uma proliferação nos números de animais.   

Entre as alternativas, estão o monitoramento da população, campanhas de informação sobre sistemas de prevenção naturais como o uso de cães, abrigos, cercas elétricas. Além disso, a medida prevê que quando não acontecer um resultado significativo com as ações, até 5% do total da população de lobos na Itália poderão ser caçados.   

Atualmente, a Itália abriga cerca de 18% dos lobos de toda a União Europeia (UE). Para as ONGs ambientais, caçar os lobos não resolve os problemas e incentiva a caça furtiva. Mais de 600 mil assinaturas foram recolhidas no Facebook contra a medida.   

“A conservação do lobo é uma questão muito séria porque ela pode ser levada ao clamor midiático ou ao populismo de alguém. Não vou permitir que um assunto delicado como a proteção do lobo seja decidido evidentemente por alguém que não leu o texto”, disse Galletti Já a ex-ministra Maria Vittoria Brambilla advertiu que “nos lobos não se tocam. O governo e as regiões deveriam ouvir as opiniões dos especialistas e as vozes indignadas de centenas de milhares de cidadãos”. (ANSA)

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