O governo alemão adotou na quarta-feira um projeto de lei para obrigar as grandes empresas a serem mais transparentes sobre as diferenças de salário entre homens e mulheres.

As empresas com mais de 200 trabalhadores terão que aplicar um direito à informação sobre os critérios de remuneração, e as de mais de 500 trabalhadores deverão publicar, além disso, um relatório regular sobre as diferenças de salário entre homens e mulheres.

O projeto de lei, muito debatido e sobre o qual os partidos da coalizão de governo se colocaram em acordo em outubro, foi muito criticado pelos conservadores, que acreditam que a medida vai significar mais “burocracia” para as empresas.

“Agora o caminho está livre para uma lei que vai quebrar um tabu importante: o de falar sobre seu salário. O projeto de lei cria mais igualdade salarial entre homens e mulheres, através da transparência sobre a remuneração”, disse a ministra da Família, a social-democrata Manuela Schwesig, em um comunicado.

A Alemanha é um dos países europeus com maior diferença entre os salários de homens e mulheres – até 21% em 2015, segundo o Departamento Federal de Estatísticas.

Embora cada vez mais mulheres trabalhem no país, muitas o fazem apenas em horário parcial, e em setores que pagam salários mais baixos.

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E comparando mulheres e homens com funções e qualificações iguais, a diferença de rendimentos por hora ainda é de 7%.


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