O Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do quarto bimestre, divulgado nesta sexta-feira, 22, pelo Ministério do Planejamento, computou uma queda de R$ 7,771 bilhões nas receitas totais projetadas para 2017, em relação às previsões feitas pelo governo ao fim do terceiro bimestre.

Entre as principais novas estimativas sobre a entrada de recursos no cofres públicos neste ano está o corte de R$ 8,887 bilhões em receita administrada. Nesse segmento, houve queda de R$ 4,160 bilhões em arrecadação com o Refis, cujo total antes era de R$ 13 bilhões. Agora, a estimativa do Refis é de R$ 8,84 bilhões. Até agosto, a arrecadação com Refis foi de R$ 5,455 bilhões.

O Planejamento também cortou a previsão de receita com repatriação de recursos do exterior em R$ 1,283 bilhão. Antes, a previsão era de R$ 2,852 bilhões.

Por outro lado, as receitas previstas com concessões aumentaram R$ 2,946 bilhões, devido à antecipação da outorga do aeroporto do Galeão no Rio. Com isso, a arrecadação com concessões prevista este ano passou de R$ 25,686 bilhões para R$ 28,632 bilhões.

Pelo lado das despesas, a projeção de gastos em 2017 aumentou R$ 2,269 bilhões. Entre as principais revisões de despesas estão o aumento de R$ 2,015 bilhões das despesas com controle de fluxo do poder executivo e a elevação de R$ 1,347 bilhão da despesa com seguro desemprego.

Com as mudanças, a projeção de receita primária total de 2017 passou de R$ 1,380 trilhão para R$ 1,372 trilhão, e a receita líquida – livre de transferências – passou de R$ 1,149 trilhão para R$ 1,144 trilhão.

Já a estimativa para as despesas primárias neste ano passou de R$ 1,288 trilhão para R$ 1,290 trilhão.