Abandonar o euro, limitar a imigração e reforçar o protecionismo econômico são alguns dos principais pontos do programa da candidata de extrema-direita Marine Le Pen para as presidenciais francesas.

– Europa –

– Negociar em Bruxelas a saída do euro e o retorno às fronteiras nacionais, saindo do espaço Schengen. Quando terminarem as negociações com a União Europeia (UE), convocar um referendo sobre a permanência no bloco

– Suprimir a diretiva europeia de trabalhadores deslocados

– Rejeitar os tratados de livre comércio CETA (UE e Canadá) e TTIP (UE e Estados Unidos)

– Imigração –

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– Reduzir a imigração a um saldo anual de 10.000 pessoas

– Restringir as condições de asilo

– Endurecer as condições de reagrupamento familiar para os migrantes

– Tornar impossível a regularização ou naturalização de estrangeiros em situação ilegal

– Suprimir o direito do solo para conceder a nacionalidade

– Medidas sociais –

– Aposentadoria aos 60 anos com 40 anos de contribuição

– Revalorização de algumas ajudas sociais, condicionada à nacionalidade do beneficiário e ao seu tempo de residência na França

– Bônus para as famílias de baixa renda, financiada por uma taxa de 3% sobre os produtos e os serviços importados

– Política fiscal –

– Redução de contribuições sociais e taxas de juros preferentes para pequenas e médias empresas


– Fusão de todos os sistemas de redução de contribuições sociais para as empresas, que poderão se beneficiar delas se se comprometem a manter o emprego na França

– Imposto de 35% aos produtos das empresas que tenham realocado suas fábricas

– Imposto adicional por contratar trabalhadores estrangeiros

– Redução do imposto sobre a renda

– Eliminação da tributação sobre as horas extras

– Trabalho –

– Manutenção das 35 horas semanais, mas o tempo de trabalho poderá ser prolongado com negociações por setor

– Indústria –

– Evitar que uma empresa que tenha recebido subvenções públicas seja vendida a uma companhia estrangeira durante um período de dez anos

– Reservar os contratos públicos às empresas francesas (uma parte reservada a pequenas e médias empresas).

– Energia e meio ambiente –

– Suspender o desenvolvimento da energia eólica, investir em outros setores franceses de energias renováveis


– Manter a energia nuclear

– Proibir a produção de gás de xisto

– Agricultura –

– Transformar a Política Agrícola Comum (PAC) europeia em “política agrícola francesa”.

– Proibir o cultivo de transgênicos

– Redução de impostos para criadores de gado

– Proibir a importação de produtos agrícolas que não respeitem as normas de produção francesas

– Segurança e justiça –

– Criar uma agência única de luta contra o terrorismo

– Retirar a nacionalidade de cidadãos com dupla nacionalidade relacionados com grupos jihadistas

– Contratar 15.000 policiais e gendarmes e 6.000 agentes de alfândega

– Atribuir sistematicamente a presunção de legítima defesa à atuação da polícia

– Endurecer a política penal, incluindo um sistema de prisão perpétua irredutível

– Expulsão automática de criminosos e delinquentes estrangeiros

– Defesa –

– Abandonar a direção integrada da OTAN

– Aumentar o orçamento de Defesa

– Laicismo e sociedade –

– Estender o laicismo ao conjunto do espaço público. Proibir o burkini

– Retirar o financiamento público aos lugares de culto e às atividades culturais

– Substituir o matrimônio homossexual por um pacto de união civil (PACS) melhorado

– Reservar a reprodução assistida aos problemas de esterilidade

– Instituições –

– Convocar um referendo para incluir a “prioridade nacional” na Constituição

– Possibilidade de convocar um referendo de iniciativa popular (mínimo de 500.000 eleitores)


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