Há cerca de dois meses a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) montou formalmente um grupo de inteligência para fiscalização das fundações, com o intuito de evitar “perdas possíveis” por parte dos fundos de pensão, disse, em conversa com jornalistas, o diretor superintendente da Previc, José Roberto Ferreira, após participar do Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão, organizado pela Abrapp.

Ferreira disse que um dos suportes para essa fiscalizado é o cruzamento de dados do Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e dados do próprio sistema da Previc. A atuação desse grupo acabou levando à intervenção no fundo Serpros.

Ferreira explicou que o objeto do grupo não são os desvios de conduta, visto que sua atuação é mais ampla. O grupo seria o responsável, por exemplo, a dar um primeiro sinal de alerta em relação a problemas no fundo.

Operação Greenfield

Sobre a operação Greenfield, que apurou desvios em investimentos na Previ, Petros, Postalis e Funcef, o diretor superintendente da Previc disse que a própria fiscalização do órgão muniu a investigação, mas que há espaço para aperfeiçoamentos após a experiência.

Ferreira disse ainda que a Previc está em contato com a Abvcap, associação dos fundos de private equity e de venture capital, para discutir algumas mudanças nos FIPs que foram os objetos da operação da polícia federal.

Entre os problemas já identificados em FIPs, explica, estão a precificação, falta de liquidez e a falta de seguro de performance.Superintendência Nacional de Previdência Complementar