O presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira, negou em entrevista coletiva nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, que tenha havido um conflito entre ele e o técnico Jair Ventura após o comandante ter cobrado a contratação de reforços para a sequência da equipe nas três competições que disputa simultaneamente (Copa Libertadores, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro).

“Por sentir o time tão presente, tão próximo de atingir objetivo, é natural surgir certa ansiedade por mais nomes, mais jogadores, até para repor alguns que estão em fase de recuperação. Por isso, vejo qualquer pleito (pedido) do Jair com absoluta normalidade, até porque sei o que ele pensa, concordo com ele. Futebol tem um lado torcedor e não pode ser ele que vai conduzir as coisas”, afirmou o presidente do time alvinegro.

Entretanto, o mandatário do Botafogo revelou ter restrições para buscar novos jogadores devido à situação financeira da equipe. Carlos Eduardo Pereira afirmou que a atual administração assumiu o compromisso de sanear as contas do clube e pagar dívidas trabalhistas. Desta forma, os recursos para contratar novos valores são insuficientes.

“Nosso orçamento que já era apertado sofreu algumas baixas significativas com relação a penhoras cíveis. A dívida do Botafogo estava em três grandes blocos: Ato Trabalhista, Profut e dívidas cíveis. Essas com muito mais dificuldades de se criar acordos porque pessoas que dispunham de dívidas antigas e não cobravam, quando afastamos esses dois tipos de penhoras (Ato e Profut), voltaram a buscar esses recursos, e infelizmente não temos como ordenar esses credores”, explicou Carlos Eduardo Pereira.

O presidente do Botafogo deixou claro que o clube não buscará atletas renomados para aumentar a qualidade do elenco. Ele revelou também que a diretoria vai trabalhar com até sete opções para fechar três contratações, mas não especificou os nomes que serão procurados.

Carlos Eduardo Pereira também valorizou o crescimento do programa de sócio-torcedor do clube, que tem proporcionado aumento nas receitas. “Sócio tem uma importância fundamental. Quando assumimos, eram oito mil. Hoje, são 32 mil e temos espaço para crescimento. O preço é baixo e os planos são agressivos, que permitem apoiar a equipe e fazer uma belíssima economia ao assistir os jogos”, finalizou.