A primeira-ministra britânica, Theresa May, fez nesta quinta-feira (28) uma visita relâmpago a Bratislava e a Varsóvia para tranquilizar ambas as capitais sobre a situação de seus inúmeros cidadãos que vivem no Reino Unido.

“Quero ser clara sobre isso: os poloneses vivendo no Reino Unido continuarão a ser bem-vindos, e apreciamos sua contribuição para o nosso país”, declarou May, em entrevista coletiva com a chefe do governo polonês, Beata Szydlo.

“Entendo que os poloneses que vivem no Reino Unido querem saber se vão manter seus direitos, uma vez que o Reino Unido deixou a UE (União Europeia). Quero e espero poder garantir seus direitos no Reino Unido. As únicas circunstâncias, nas quais isso não seria possível de fazer, seria no caso em que os direitos dos cidadãos britânicos vivendo na UE não estariam sequer sendo garantidos”, afirmou.

Com cerca de 790.000 membros, a comunidade polonesa é o maior contingente dos três milhões de cidadãos europeus morando no Reino Unido. O polonês é, inclusive, a segunda língua mais falada no país, atrás apenas do inglês.

Pouco antes, May já havia passado pela Eslováquia, país que acaba de assumir a presidência rotativa da UE e que tem 90.000 cidadãos vivendo e trabalhando em solo britânico.

A premiê lembrou, porém, que a mensagem dos britânicos é “muito clara” em seu voto a favor da saída do bloco, pedindo que “garantamos ao Reino Unido um pouco de controle na circulação de pessoas provenientes da UE”.

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May e Szydlo anunciaram sua “decisão comum” de iniciar consultas anuais entre ambos os governos.

“Propus que sua primeira edição seja no Reino Unido”, declarou May.

Já a chefe do governo polonês declarou que seu país conta com “uma parceria estratégica” com Londres, sobretudo, na Economia e na Defesa. Szydlo indicou ainda que a Polônia não imporá condições quanto à extensão do prazo para a abertura efetiva das negociações do Brexit, dando tempo ao Reino Unido para se preparar.

Segundo ela, a UE também “deve tirar conclusões” do Brexit e pensar em reformar para torná-la “uma instituição mais forte, mais bem administrada e respondendo melhor às expectativas dos europeus”.

“A Polônia será muito ativa nesse processo”, garantiu.


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