Dentro da campanha nacional Dia D de multivacinação, mais de 200 unidades de saúde do município do Rio de Janeiro ficarão abertos hoje (24) até às 17h para atualizar a caderneta de crianças menores de 5 anos e entre 9 e 14 anos.

A coordenadora de saúde da zona sul da cidade, da Secretaria Municipal de Saúde, Paula Travassos, explica que o movimento durante todo o dia deve ser tranquilo, já que a adesão da população ao programa de imunização é boa, com cerca de 95% das crianças com a vacina em dia. Ela destaca que o responsável que faz o acompanhamento constante e tem certeza de que a caderneta está completa, não precisa comparecer hoje.

“O objetivo dessa campanha nada mais é do que atualizar a caderneta vacinal. A gente não está esperando um número grande de crianças, porque o programa de imunização na cidade do Rio de Janeiro funciona muito bem. O que a gente quer é pegar aquelas crianças que, por algum motivo, não tomaram alguma vacina, e completar o esquema. Não é do Zé Gotinha, estamos trabalhando com todas as vacinas, desde aquelas que a gente faz nos primeiros anos de vida até as vacinas que faz nos adolescentes”.

Um dos focos, segundo Paula, são as adolescentes que devem receber as doses de vacina contra o HPV, que previne contra algumas formas de câncer de colo de útero e passou a ser ofertada na rede há pouco mais de dois anos. “HPV é relativamente nova. Como é para uma faixa etária que está na adolescência, às vezes as meninas ou têm medo da vacina, ou têm vergonha da vacina, ou não encontram oportunidade para ir ao posto de saúde. Por isso, a gente tem trabalhado com as escolas, com as rádios comunitárias, todas as ferramentas de comunicação, dizendo “venham, tragam a carteira de vacina, a vacina não dói, são apenas duas doses”. Tem adolescentes que já fizeram em algum momento mas não fizeram a segunda dose, então a gente precisa pegar essas meninas”.

Pela manhã, o Centro Municipal de Saúde Manoel José Ferreira, no Flamengo, zona sul do Rio, recebeu as crianças com muita música, atividades lúdicas e distribuição de kits de higiene bucal. A jornalista Kele Ransom levou as duas filhas, de 6 e 7 anos, mas só a mais nova precisou ser vacinada. Kele aprova e incentiva a campanha.

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“Ela estava um pouquinho atrasada, tem algumas que estavam pendentes e vou ter que vacinar no particular, como influenza e varicela. A campanha é boa para atualizar, estou adorando, ainda mais no sábado que é super prático, a família toda pode vir, ainda tem como distrair as crianças, eles desenham”.

A assistente social Tatiana Ramos levou o filho de um ano e meio para tomar um reforço e também incentiva o dia D. “Ele só tinha que tomar um reforço, mas estava no tempo certo. Eu acho a campanha muito importante para conscientizar os pais, porque tem muitos pais que dão a vacina quando a criança é bem novinha e depois vão deixando, não têm o hábito de ver se está tudo certo, não têm essa atenção, então têm que ter essa conscientização mesmo. Até os adultos têm que ter o reforço de vacina, né?”


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