São os primeiros anos da infância que, em boa parte, ajudarão a definir quem será o adulto no futuro. Ele foi uma criança bem nutrida de afeto e alimentos? Brincou livremente e se sentiu amparado por pais e cuidadores? As experiências vividas até os seis, sete anos terão muito a ver com o senso de bem-estar e as capacidades morais na vida adulta. Foi uma questão de evolução. “Ao longo de milhões de anos, o ser humano desenvolveu um conjunto de cuidados com seus filhotes para acompanhar sua agenda de amadurecimento”, explica a psicóloga Darcia Narvaez, da Universidade de NotreDame, nos Estados Unidos.

Nesse processo, surgiram seis componentes básicos determinantes para o crescimento físico e emocional saudável: aleitamento materno, oferta de conforto e acolhimento, estímulo de experiências sensoriais, respostas às necessidades do bebê – até mesmo antes do choro -, presença física constante com toque carinhoso e espaço e tempo para brincadeira. “Adultos que se recordam de receber essas atenções nas suas infâncias têm menos depressão e ansiedade, maior habilidade de enxergar a perspectiva de outras pessoas e de exercitar a compaixão”, diz Darcia. Esses são apenas alguns dos benefícios que uma infância feliz é capaz de proporcionar.

ISTOÉ apresenta uma minissérie sobre essa etapa fundamental da formação do ser humano. A primeira reportagem é sobre a importância do afeto. Leia!