Donald Trump toma posse, na próxima sexta-feira (20), como o presidente mais impopular dos EUA em quatro décadas, ainda que a maioria dos americanos acredite em que ele conseguirá recuperar os empregos perdidos nas zonas mais afetadas do país.

Desde que o republicano ganhou as eleições, em novembro passado, várias empresas reviram seus planos de construir novas fábricas no exterior e anunciaram investimentos nos Estados Unidos.

Foi o caso das montadoras Ford e Fiat Chrysler, a fabricante de condicionadores de ar Carrier, a japonesa SoftBank e até o gigante de vendas on-line Amazon, que prometeu nada menos do que 100.000 novas vagas.

A também gigante General Motors anunciou investimentos nos Estados Unidos da ordem de US$ 1 bilhão e a criação de cinco mil postos de trabalho nos próximos anos.

Na mesma linha, a rede de varejo Walmart anunciou um plano para criar 10.000 empregos e investimentos por US$ 6,8 bilhões.

Depois de usar uma rara mistura de artifícios e ameaças para que as empresas voltassem a investir no país, Trump tomou para si o crédito por esses anúncios.

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“Com todos os empregos que estou trazendo de volta, com as fábricas automotivas que estou trazendo para o país e com as enormes reduções de custos que negociei em gastos militares, acho que as pessoas estão vendo grandes coisas”, afirmou Trump, no Twitter.

Pesquisas ‘falsas’ e ‘corruptos’

De acordo com uma pesquisa realizada por CNN/ORC, 61% dos americanos apostam em que Trump será capaz de criar empregos bem remunerados em áreas muito atingidas pelo desemprego.

Ao mesmo tempo, uma pesquisa do jornal The Washington Post e da rede ABC mostrou que 61% esperam que Trump faça um “bom”, ou “excelente” trabalho no plano econômico.

Essa confiança em sua capacidade de administrar a economia é uma exceção, porém, dentro da visão geral que se tem sobre Trump.

O futuro presidente tem metade da popularidade que o democrata Barack Obama tinha quando se preparava para assumir a Casa Branca, em janeiro de 2009, de acordo com o Post e com a ABC.

Trump é menos popular do que qualquer novo presidente americano em quatro décadas, desde os anos de Jimmy Carter.

Esse dado se repete em praticamente todas as enquetes.

Fiel a seu estilo, Trump atacou essas pesquisas, lembrando que, durante a campanha eleitoral, todas as pesquisas previam a vitória de sua oponente, a democrata Hillary Clinton.

“As mesmas pessoas que fizeram essas pesquisas eleitorais falsas, que estavam completamente errados, agora estão fazendo estudos de aprovação. São tão corruptos quanto antes”, afirmou no Twitter.

Na realidade, as pesquisas eleitorais estavam dentro da margem de erro, e Hillary teve, de fato, mais votos do que Trump. Já as projeções por cada estado foram frustradas.



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