O técnico Gilson Kleina, da Ponte Preta, não tem a menor dúvida de que este jogo contra o Palmeiras, neste domingo, às 16 horas, no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas (SP), pela 10.ª rodada do Campeonato Brasileiro, vai ser muito complicado. Ele acha difícil para o time adversário esquecer a derrota por 3 a 0 sofrida nas semifinais do Campeonato Paulista, que depois gerou até uma crise no clube de Palestra Itália.

“É um fato muito recente e que deixou uma cicatriz no Palmeiras. Aquele nossa vitória foi contundente e antes, na fase anterior, já tínhamos vencido por 1 a 0. Então são duas vitórias em casa sobre eles e, com certeza, os jogadores palmeirenses vão ter uma carga a mais de motivação”, disse Gilson Kleina.

Esta motivação extra do rival já tem um antídoto preparado. É o próprio técnico quem explica: “Nós temos que manter a mesma atitude, mesmo porque nosso time é muito forte dentro de casa. Este espírito guerreiro deve ser mantido sempre, independente do adversário ou mesmo de sua escalação”.

Gilson Kleina se referiu ao fato de na última quinta-feira o Cruzeiro ter utilizado um time reserva de olho nas quartas de final da Copa do Brasil, em um confronto, por coincidência, contra o Palmeiras, na próxima quarta-feira. “Não sei se o Palmeiras vai usar um time misto, mas o elenco deles é muito grande e qualificado. Vai ser outra pedreira, mas temos que manter o nosso jogo, com personalidade”, completou.

O técnico se baseia nos números dentro da competição. Com 14 pontos, a Ponte Preta somou 12 dentro de casa com quatro vitórias sobre Sport (4 a 0), São Paulo (1 a 0), Chapecoense (3 a 2) e Cruzeiro (1 a 0). Além disso, a escalação deve ser a mesma que venceu o time mineiro, repetindo a formação pela primeira vez em 10 rodadas.

Alguns jogadores também têm se destacado como o atacante Lucca, que já marcou seis gols e não passou em branco nos jogos disputados em Campinas. “O time todo está indo bem e eu tenho tido a chance de finalizar bem. Só espero manter esta boa fase”, comentou o artilheiro do time no Brasileirão.

Quem também está comendo a bola é o experiente Emerson Sheik, de 38 anos. Ele tem sido peça fundamental para manter o equilíbrio do time, principalmente por prender a bola no momento certo. Além de mostrar muita técnica e habilidade. Diante do Cruzeiro, por exemplo, ele aplicou três canetas – bola entre as pernas do adversário – em cima de Hudson, Rafinha e Élber.

Mas Emerson Sheik divide os méritos com os companheiros e rasga elogios também à condução de Gilson Kleina. “Ele tem armado o time muito bem e todos estão entendendo bem o que ele pede e nos mostra. O grupo está muito unido”, garantiu o ex-corintiano, que preferia trocar as canetas pelo seu primeiro gol com a camisa da Ponte Preta.

A expectativa da diretoria é para um público em torno de 10 mil torcedores. Os ingressos custam R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia) e estarão à disposição inclusive da torcida adversária até o final do primeiro tempo. Uma informação errada no jogo contra o São Paulo barrou perto de 50 ônibus de uma caravana na rodovia dos Bandeirantes. A ação foi tomada pelo comando da Polícia Militar, muito criticada por sua rigidez nos jogos em Campinas.