Policiais civis do Rio de Janeiro fazem hoje (12) paralisação nas delegacias da cidade. As unidades estão atendendo apenas os serviços básicos, como flagrantes de homicídio e de entorpecentes, além da liberação de guias para mortos. O movimento dos agentes é contra a aprovação de projetos do governo que estão em votação na Assembleia Legislativa do Rio, que alteram a previdência dos servidores e adiam o pagamento de reajustes.

A paralisação foi decidida na noite da última quinta-feira (8), em assembleia convocada pelo Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol) e com a presença de delegados e de outras representações de servidores do órgão.

Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Sindpol), Francisco Chao, que participou pela manhã de manifestação em frente à sede da Chefia da Polícia Civil, os policiais “já estão em seu limite”.

“Estamos vivendo no limite. Claro que o país, e principalmente o nosso estado, passam por uma crise intensa, mas não temos culpa nisso. Tudo que vem acontecendo é fruto de corrupção, má gestão e a crise econômica que se instalou. O que não dá é ficarmos de braços cruzados assistindo passivamente tudo isso.”

Chao informou que  esteve reunido nesta manhã com o chefe de Polícia Civil, Carlos Augusto Leba, e com os comandantes da Polícia Militar, Bombeiros e o Secretário de Segurança Pública do Estado, Roberto Sá. Durante o encontro, foram discutidas propostas para “amenizar” a situação da categoria. O presidente do Sindpol destacou o que chamou de “boa vontade”, por parte das autoridades, mas se mostrou descrente quanto à realização das medidas.

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“Eles propuseram algumas medidas bem intencionadas e até interessante para todos nós, mas, antes de qualquer coisa, eu tenho que consultar a categoria. Não creio que isso seja posto em prática. Repito, não vejo estas propostas como se estivessem nos enganando, iludindo, mas, sim, como uma boa vontade da parte deles. Porém, é só olhar como está o Estado. Eles dizem que não tem dinheiro, então como vão reajustar nosso salário?”, questionou.

Procuradas pela Agência Brasil, a Polícia Civil e o Governo do Estado não se manifestaram.


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