O nadador americano Ryan Lochte foi indiciado por “falsa comunicação de crime”, por alegar ser vítima de assalto depois de depredar o banheiro de um posto de gasolina durante os Jogos Olímpicos do Rio, informou nesta quinta-feira a Polícia Civil em um comunicado.

O texto também explica que “o delegado responsável pelo caso sugeriu ao Poder Judiciário a expedição de carta rogatória” para que Lochte seja notificado da decisão nos Estados Unidos.

A Polícia Civil também solicitou “o envio de cópia dos autos para a Comissão de Ética do Comitê Olímpico Internacional”.

O incidente ocorreu na madrugada do dia 14 de agosto, quando Lochte voltavam de uma festa na Casa da França, na Lagoa, zona sul do Rio, junto com outros quatro nadadores da seleção americana, Gunnar Bentz, Jack Conger e Jimmy Feigen.

Os atletas alegaram ter sido assaltados por homens indivíduos que se passavam por policiais armados, depois de parar em um posto de gasolina no Recreio, barro da zona oeste, perto da Vila Olímpica.

Posteriormente, a Polícia Civil informou que vídeos do circuito interno de um posto de gasolina mostravam um segurança sacando uma arma para conter Lochte, que estava bêbado e agressivo, e seus colegas depois que eles tentaram ir embora após vandalizarem o banheiro do local.

Dono de 12 medalha olímpicas, Lochte pediu desculpas pelo ocorrido, mas caiu em desgraça, perdendo quatro patrocinadores.

O atleta de 32 anos voltou aos Estados Unidos no dia seguinte da confusão, antes de a Polícia desvendar a farsa. Seus companheiros não tiveram a mesma sorte. Chegaram a ser detidos, dois deles no avião que deveria levá-los de volta para acasa, e só recuperaram os passaportes mediante pagamento de multa.

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