Com curadoria de Marcello Dantas, a terceira edição da mostra OiR de arte pública olha para um Rio de Janeiro que atravessa um momento de profundas transformações urbanas e estruturais. Em relação às edições anteriores, que aconteceram em 2014 e 2015, se destaca por optar por projetos interativos, que pedem a participação do transeunte (de preferência aquele que pratica atividades físicas), e por instalar as obras em três pontos distantes da cidade do Rio: Madureira, Barra da Tijuca e a Praça XV. “Mais do que nunca, olhar através da arte para os espaços públicos e para a forma de se ocupar a cidade é um assunto de primeira importância”, diz o curador.

A mostra é composta por três grandes “playgroungs artísticos”, segundo definição do curador. A poucos metros do Paço Imperial, no coração da cidade, edifício onde a Princesa Isabel assinou a abolição da escravatura, o coletivo AVAF desenhou uma escultura para ser usada por skatistas. No recentemente inaugurado Parque de Madureira, novo hit da cidade, o argentino Leandro Erlich construiu uma escultura musical para ser “tocada” por corredores. E Mena Bernardes construiu um trepa-trepa ecológico para crianças de todas as idades em uma praça na Barra da Tijuca. PA