28/03/2017 - 7:35
A Polícia Federal abriu nesta terça-feira, 28, a Operação Paralelo, 39ª fase da Lava Jato. Os seis mandados, cinco de busca e apreensão e de prisão preventiva, foram expedidos por ordem do juiz federal Sérgio Moro.
O ex-gerente da Petrobrás Roberto Gonçalves (março de 2011 a maio de 2012) foi preso em Boa Vista, Roraima. Roberto Gonçalves sucedeu Pedro Barusco, um dos delatores da Lava Jato, na gerência da estatal.
Leia a íntegra da decisão de Sérgio Moro na operação Paralelo
Segundo nota da Polícia Federal, a investigação apura a atuação de operadores no mercado financeiro em benefício de investigados no âmbito da Operação Lava Jato. A atuação teria se dado no âmbito de uma corretora de valores a qual é suspeita de ter realizado a movimentação de recursos de origem ilícita para viabilizar pagamentos indevidos de funcionários e executivos da Petrobrás.
A investigação ainda tem por objetivo apurar a responsabilidade criminal de ex-executivo da Diretoria de Engenharia e Serviços da Petrobrás, apontado como o beneficiário de diversos pagamentos em contas clandestinas no exterior, feitos por empreiteiras que contrataram com a empresa.
O termo paralelo é utilizado em uma simples alusão a atuação clandestina à margem dos órgãos de controles oficiais do mercado financeiro por parte dos investigados.
A última fase da Lava Jato foi deflagrada em 23 de fevereiro deste ano. A Operação Blackout, 38ª fase da Lava Jato, prendeu os lobistas Jorge Luz e Bruno Luz, pai e filho respectivamente, apontados como operadores do PMDB. Na ocasião, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e 2 mandados de prisão preventiva no Rio.