A qualidade do serviço prestado pelas distribuidoras de energia elétrica subiu na avaliação dos clientes, de acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee). O Índice de Satisfação com a Qualidade Percebida subiu para 76,8% neste ano, ante 74,4% no ano passado.

De acordo com o presidente da Abradee, Nelson Leite, o índice havia caído bastante no ano passado devido aos efeitos do tarifaço de 2015, quando a conta de luz subiu 50%. Dois anos depois, esses efeitos foram absorvidos, disse o executivo, o que permitiu que o índice de satisfação voltasse à média verificada entre 2010 e 2015.

Leite destacou que o crescimento da satisfação dos clientes entre 2016 e 2017 foi de 3,2%, acima da margem de erro da pesquisa, de 1,3%, para mais ou para menos. “Retomamos o patamar de resultados que tivemos entre 2010 e 2015, na faixa de 77%”, disse.

Do ano passado para cá, o aumento da satisfação foi verificado em todas as regiões do País, exceto no Nordeste, onde a variação foi positiva, mas se manteve dentro da margem de erro. A pesquisa foi realizada 26.575 consumidores entre os dias 4 de março e 16 de abril, em 871 municípios em todos os Estados do País. Foi a 19.ª edição do levantamento, que envolveu 49 empresas.

A Abradee destacou ainda que o maior componente das tarifas hoje são impostos e encargos setoriais, taxas que financiam programas sociais e subsídios do governo. Em 2016, de cada R$ 100,00 pagos na tarifa, 42,1% foram para tributos e encargos, 39,7% para a energia, 15,6% para a distribuição e 2,7% para a transmissão.

As distribuidoras de energia atendem hoje 81 milhões de unidades consumidoras. As empresas tiveram receita bruta de R$ 216 bilhões no ano passado e contribuíram com 3,5% do PIB. As empresas investiram R$ 13,8 bilhões no ano passado e empregam 209 mil pessoas.

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