Um ataque aéreo da coalizão liderada pelos EUA em uma fábrica de armas do Estado Islâmico (EI) na Síria, perto da fortaleza de Raqqa, pode ter matado civis, disse o Pentágono nesta quarta-feira (24).

“Relatórios indicam que o que parecia ser um veículo não-militar dirigia até a área-alvo depois que o míssil foi liberado da aeronave”, disse a Central de Comando militar dos EUA.

“Os ocupantes do veículo podem ter morrido como resultado da explosão”, acrescentou.

A Central de Comando destacou que a explosão de 23 de agosto sofrerá investigações internas, sem dar maiores detalhes.

“Cada relato de perdas de civis, de fontes internas ou externas, é analisado em relação a possíveis acidentes e danos colaterais”, afirmou em declaração.

Não é incomum que civis estejam dentro do raio de explosão de uma bomba, depois que ela é lançada por um drone (veículo aéreo não-tripulado) ou por um avião pilotado, porque pode demorar até 45 segundos para um míssil localizar seu alvo.

Operadores de drones são, normalmente, aptos a mudar a trajetória do míssil nos últimos segundos antes do impacto, enviando a bomba para um campo ou área deserta.

No total, os militares americanos admitiram a morte de 55 civis desde que lançaram a coalizão aérea contra o EI na Síria e no Iraque há dois anos, embora as críticas acreditem que seja um valor subestimado.