O Pentágono disse, nesta quinta-feira (27), que investiga Michael Flynn, ex-conselheiro de Segurança Nacional do presidente Donald Trump, sobre os pagamentos recebidos de empresas ligadas ao governo russo.

O Departamento da Defesa indicou que analisa se o tenente-general reformado cometeu uma infração ao aceitar dinheiro de governos estrangeiros, sem obter autorização oficial prévia.

Flynn foi alertado especificamente quando se reformou em 2014 de que deveria obter permissão antes de aceitar pagamentos, salários, presentes, ou viagens, por consultorias a governos estrangeiros.

Chefe de Inteligência da Defesa entre 2012 e 2014, Flynn deixou seu cargo como conselheiro de Segurança Nacional de Trump 24 dias depois de chegar à Casa Branca, devido às comunicações com o embaixador da Rússia nos Estados Unidos. A renúncia aconteceu em meio a fortes preocupações com denúncias de que Moscou teria interferido na campanha eleitoral americana para favorecer Trump.

Lançada no início de abril, a investigação do Pentágono se concentra nos mais de US$ 33 mil que Flynn recebeu em dezembro de 2015 por participar de um jantar de gala da RT TV, onde compartilhou a mesa com o presidente da Rússia, Vladimir Putin.

A investigação pode incluir o pagamento de US$ 530 mil que Flynn recebeu por fazer campanha pela Turquia na eleição presidencial do ano passado.

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Possivelmente, esses pagamentos violam as proibições do Departamento da Defesa e da Constituição para as atividades que o pessoal miliar reformado faz com governos estrangeiros sem informações e esclarecimentos prévios.


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