Parte da tripulação boliviana do avião da Lamia, que sofreu um trágico acidente na Colômbia com a equipe da Chapecoense e jornalistas, não cumpria o requisito para efetuar o voo – revelou o advogado de um funcionário da empresa aérea envolvido com os trâmites de autorização.

A tripulação era formada por sete pessoas: cinco bolivianos, um paraguaio e um venezuelano. Dois dos bolivianos sobreviveram (uma comissária e um técnico de voo, junto com outros quatro brasileiros), de um total de 77 passageiros que estavam no avião.

Na lista de mortos, estavam os bolivianos Miguel Alejandro Quiroga Murakami, como piloto, e Fernando Ovar Goytia, como copiloto, mas a Direção Geral de Aeronáutica Civil (DGAC) havia autorizado essa viagem com Quiroga e outro piloto, Marco Antonio Rocha Venegas.

Não se sabe o motivo pelo qual Fernando Ovar Goytia substituiu Marco Antonio Rocha, que estaria no Paraguai.

Jaime Cernadas, advogado do técnico da DGAC, Mauricio Durán (investigado pelo caso), revelou ao jornal El Deber que “apenas Miguel Alejandro Quiroga Murakami e Marco Antonio Rocha Venegas (sócio e piloto da Lamia) eram os integrantes da tripulação que a DGAC autorizou para estar no voo”.

Citando a versão de Mauricio Durán diante dos procuradores, o jornal afirmou que o copiloto Ovar Goytia não cumpria os requisitos exigidos pela DGAC para ser copiloto de um voo internacional, já que sua permissão para este tipo de operação já havia expirado.

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Além disso, El Deber recordou que o mecânico de aviação Edwin Tumiri (sobrevivente) tampouco tinha permissão da DGAC para realizar a função.

Uma investigação das autoridades colombianas da Aviação, feita no fim de dezembro, estabeleceu que a aeronave tinha combustível limitado para cobrir a rota entre Santa Cruz e o aeroporto José María Córdova de Rionegro, que serve a Medellín.

Segundo a investigação, “até o momento, temos evidências de que nenhum fator técnico influenciou o acidente, tudo está envolvido em um fator humano e gerencial”.


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