O Parlamento israelense aprovou nesta quarta-feira, em primeiro turno, o polêmico projeto de lei que permitirá legalizar cerca de 4 mil residências de judeus em terras privadas palestinas na Cisjordânia ocupada.

O projeto, apoiado pelo governo de Benjamin Netanyahu, foi aprovado por 57 votos a 51.

O texto deverá ser aprovado em mais dois turnos para se transformar em lei.

O projeto é fruto de um compromisso entre Netanyahu e seu ministro da Educação, Naftali Bennett, líder do partido nacionalista religioso Lar Judeu, um fervente partidário da colonização.

Bennett tem qualificado o projeto como o “primeiro passo para uma soberania israelense na Judeia-Samaria” (nome empregado pelas autoridades israelenses para designar a Cisjordânia), em referência à anexação parcial desta região ocupada por Israel há cerca de meio século.

Se for aprovado, o texto legalizará cerca de 4 mil residências disseminadas em 55 colônias “salvagens”, segundo a organização israelense “Paz Agora”.

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Na terça-feira, o departamento americano de Estado reafirmou sua preocupação com a iniciativa “profundamente nociva” de Israel de legalizar as 4 mil residências de colonos.

“Aprovar esta lei será profundamente nocivo na perspectiva de uma solução de dois estados” – israelense e palestino – disse Mark Toner, porta-voz do departamento de Estado.

“Também estamos preocupados por comentários que escutamos de algumas figuras políticas em Israel de que isto seria o primeiro passo para a anexação de partes da Cisjordânia”.

“Estamos profundamente preocupados com isto”, declarou Toner.


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