Um dos cotados para ser o candidato do PSDB à Presidência em 2018, o prefeito João Doria promove uma espécie de “onda cívica” na cidade: os prefeitos regionais da capital foram orientados a espalhar bandeiras do Brasil em áreas estratégicas de São Paulo.

O tucano, que já costumava encerrar seus eventos políticos com o tema da vitória de Ayrton Senna e o mote de que a bandeira do País não é vermelha como a do PT, reforçou o tom nacionalista após o juiz Sérgio Moro condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato.

Após Doria colocar bandeiras no muro de sua casa e na sacada do gabinete na Prefeitura, os prefeitos regionais Eduardo Odloak (Sé/Centro) e Paulo Mathias (Pinheiros) disputam o “título” de quem tem a maior bandeira de São Paulo. “Fizemos uma parceria (com o setor privado) e doaram uma nova bandeira, com mastro de 60 metros e 17 metros de largura. É a maior da cidade”, disse Odloak.

Também foram colocadas bandeiras no Vale do Anhangabaú, Pátio do Colégio e dezenas de praças. Até a Secretaria de Abastecimento do Estado foi acionada para trocar a bandeira do Mercadão. “Essa foi uma solicitação do prefeito para despertar o espírito cívico da população”, afirmou Odloak.

Para superar a bandeira do centro, Mathias encomendou uma bandeira ainda maior para o Largo da Batata, que passa por uma reforma: 56 metros de largura em um mastro de 33 metros de altura.

O correligionário do prefeito nega que a ideia seja preparar uma eventual “nacionalização” do prefeito no tabuleiro político. “Não se trata da nacionalização do João Doria, mas do resgate do orgulho de ser brasileiro”, disse Mathias.

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Doria afirmou que a iniciativa não tem conotação eleitoral. “A reverência à bandeira é um elemento de respeito pela instituição”, afirmou o prefeito.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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