O Papa Francisco fez um pedido aos cientistas para que evitem usar embriões humanos em suas investigações sobre as enfermidades neurodegenerativas, durante uma audiência nesta quinta-feira no Vaticano com centenas de afetados pela doença de Huntigton, mais conhecida como “mal de São Vito”.

“Aqui estão presentes geneticistas e cientistas que sem poupar energias se dedicam há tempos ao estudo e à busca de uma terapia para a doença de Huntington. É óbvio que se observa o trabalho de vocês com muita expectativa”, afirmou o papa na Sala Paulo VI diante de cerca de 500 pacientes, médicos e familiares vindos de todo o mundo e em particular da América Latina, uma das zonas mais afetadas.

“Algumas linhas de pesquisas, de fato, utilizam embriões humanos provocando inevitavelmente sua destruição. Mas sabemos que nenhuma finalidade, embora em si mesma seja notável ―como a possibilidade de uma utilidade para a ciência, para outros seres humanos ou para a sociedade―, pode justificar a destruição de embriões humanos”, advertiu o papa.

Com esse encontro, o papa argentino quis sobretudo chamar a atenção e dar visibilidade a uma doença grave, hereditária e incurável que afeta a uma média de 5 a 10 pessoas em 100 mil e que deixa o paciente gradualmente sem o controle da fala e do movimento.

A doença produz uma alteração psiquiátrica e motora, de progressão muito lenta, durante um período de 15 a 20 anos.