CIDADE DO VATICANO, 17 SET (ANSA) – O papa Francisco desafiou neste domingo (17) todos os cristãos a perdoarem sempre as pessoas por menor que seja o arrependimento daquele que o feriu.   

Durante a tradicional oração do Angelus no Vaticano, Francisco ressaltou que o perdão não nega o mal sofrido, mas reconhece que “o ser humano, criado à imagem de Deus, é sempre maior do que o mal que comete”.   

“Todos os que experimentaram a alegria, a paz e a liberdade interior que vem do ser perdoado podem abrir-se à possibilidade de perdoar à sua volta”, disse o Pontífice.   

Segundo o líder da Igreja Católica, quando os fiéis se recusam a perdoar contrariam a imagem de um Deus que ama com “um amor rico de misericórdia” e que perdoa “continuamente”, ao “menor sinal de arrependimento”.   

“Para confirmar a necessidade de perdoar sempre, Jesus contou a parábola do rei misericordioso e do servo implacável, na qual mostra a incoerência daquele que antes foi perdoado e depois se recusa a perdoar”, acrescentou o Papa.   

“A atitude incoerente deste servo é também a nossa quando recusamos o perdão aos nossos irmãos”, ressaltou, após ler a passagem do Evangelho que contém um apelo de Jesus a perdoar “70 vezes sete”.   

“Que a Virgem Maria nos ajude a ter cada vez mais consciência da gratuidade e da grandeza do perdão recebido de Deus, para nos tornarmos misericordiosos como Ele, pai bom, lento na ira e grande no amor”, concluiu Francisco.   

De acordo com dados oficiais do Vaticano, a audiência geral de hoje reuniu cerca de 30 mil pessoas na praça de São Pedro.   

(ANSA)