Um estudo divulgado nesta sexta-feira, 28, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostrou que, entre 2011 e 2015, foram registradas 278.839 mortes violentas, provocadas por crimes como homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e morte seguida de intervenção policial.

O estudo foi divulgado no mesmo dia em que o presidente Michel Temer se reuniu com os presidentes do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, para tratar de segurança pública.

O número coloca o Brasil à frente de países em guerra como a Síria, que contabilizou pouco mais de 256 mil mortes no mesmo período. Segundo o documento, apenas em 2015, o Brasil registrou 58.383 mortes violentas e intencionais, o que significa que um brasileiro morreu a cada 9 minutos. A maior parte (52.570) foi provocada por homicídios.

Informações do estudo divulgadas pela Agência Brasil revelam que a Região Nordeste detém os três Estados brasileiros que mais concentraram mortes violentas por grupo de 100 mil habitantes: Sergipe (57,3), Alagoas (50,8) e Rio Grande do Norte (48,6). O Rio Grande do Norte também está entre os que observaram maior crescimento na comparação com 2014 (39,1%), seguido por Amazonas, cuja taxa aumentou 19,6%. Entre os que reduziram essa taxa, estão Alagoas e Distrito Federal, com quedas de 20,8% e 13%, respectivamente.

Para o presidente do Fórum, Renato Sérgio de Lima, um dos motivos para o alto índice de mortes violentas é a falta de atenção dada à questão. “Fazemos de conta que o problema não existe. Ou, no fundo, achamos que é o problema é menor. Estamos revelando que teimamos em não assumi-lo como prioridade nacional”, disse. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública será lançado na próxima quinta-feira, 3.

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