Em cerimônia realizada nesta quarta-feira, 29, no auditório do Centro de Difusão Científica do Instituto Butantan, Marcelo Araujo, que deixa o cargo de secretário de Cultura do Estado de São Paulo para ser nomeado, na próxima semana, presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), afirmou que existe a possibilidade de o Paço das Artes ocupar parte do conjunto do Museu de Saúde Pública Emílio Ribas, no bairro do Bom Retiro.

“A Secretaria da Saúde detém um conjunto de edifícios na Rua Tenente Pena, no Bom Retiro, e uma parte dos edifícios mais antigos é ocupada pelo Museu da Saúde Pública, mas há vários galpões atrás (dos prédios) que justamente se configuram como alternativa (para o Paço das Artes)”, explicou Marcelo Araujo, que encerra suas atividades como secretário da Cultura nesta quinta-feira, 30.

Desse modo, a solução para o Paço das Artes, sem sede própria, ainda não é definitiva. “Vamos começar a primeira fase das análises técnicas”, disse Araujo. Segundo o museólogo, parte da área do Museu Emílio Ribas cogitada para receber a instituição cultural é, atualmente, utilizada como garagem.

No início do ano, o Instituto Butantan anunciou a decisão de retomar seu prédio na Cidade Universitária, onde o Paço das Artes estava abrigado desde 1994, para criar um laboratório de vacinas no local. Na tarde de quarta, o órgão ligado à Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo lançou o Grupo de Ações Rápidas para Doenças Emergentes, que terá unidade no ex-edifício do Paço (mas ainda faltam recursos para a iniciativa, segundo Jorge Kalil, diretor do Butantan).

“O Paço funcionaria no conjunto (do Museu Emílio Ribas) e teria proximidade física numa área com outras instituições da secretaria (da Cultura) como a Pinacoteca e a Oficina Cultural Oswald de Andrade”, afirmou Marcelo Araujo. Segundo o museólogo, o governador Geraldo Alckmin ainda não havia comunicado seu sucessor na pasta.

Marcelo Araujo enfrenta descontentamento de parte do meio artístico sobre sua ida para o Ibram – um abaixo-assinado na internet pede que ele recuse o cargo no governo interino de Michel Temer, “governo ilegítimo”, diz a petição. “Quando recebi o convite do ministro Calero, fiquei muito honrado porque eu acredito que o Brasil vive um momento importante de renovação”, afirmou Araujo.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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