O corpo que se manteve sarado por décadas já não é mais o mesmo aos 69 anos. Mas, se a pele flácida pouco ajuda a manter o status de sexy symbol, nem isso impede que uma fã suba ao palco para beijar Iggy Pop longamente na boca enquanto ele canta “Tonight”, uma de suas muitas parcerias com David Bowie, mais conhecida na gravação em ritmo de reggae feita pelo cameleão em dueto com Tina Turner na década de 1980. Iggy Pop é o sujeito mais rock’n’roll ainda vivo — o que por si é quase um milagre levando em conta todas as drogas que ele já tomou. Sua vitalidade impressionante aparece assim que ele entra no palco do elegante Royal Albert Hall de Londres para o show gravado em maio de 2016 e que acaba de sair em DVD no Brasil. Em “Post Pop Depression” o sujeito baixinho de voz profunda que ajudou a criar o punk rock mostra que tem tanta energia quanto agressividade. Em seu vocubulário, a palavra “fuck” impera. É um show que deve ser ouvido no máximo volume, desde que se esteja disposto a acompanhar Iggy Pop nessa eletrizante viagem musical. No repertório, hits como “Lust for Life”, “China Girl” e “The Passanger”.

 


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